Olvidar
Entre os falantes
Sou o silêncio...
Uma brisa suave
Entre pétalas sangradas.
Sem fôlego,
Sem lua,
Intensa febre,
Apenas um tédio.
Preciso correr...
Olvidar dessa dor
Sem morfina.
Essa solidão escura,
Esse rosto pálido
No espelho confessa
Minha loucura...
Ronne Grey
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
O cavalo e menino
Era o cavalo em pêlo
em pêlo era o menino, e os dois
- mais sua solidão, mais seu destino.
Ninguém sabe se o cavalo angustiava
a tarde,
se do menino era a angústia
que o cavalo tocava.
Os dois passavam sempre abstraídos
(na tarde que continham)
da campina de cinzas que os cercava.
Se de um, se de outro, súbito
chegava o grave canto,
já se sabia – era a tarde dos dois:
que a do menino,
contida numa estrela aparecia,
e a do cavalo,
sobre montões de feno se dobrava.
(Zila Mamede In Exercício da Palavra)
Era o cavalo em pêlo
em pêlo era o menino, e os dois
- mais sua solidão, mais seu destino.
Ninguém sabe se o cavalo angustiava
a tarde,
se do menino era a angústia
que o cavalo tocava.
Os dois passavam sempre abstraídos
(na tarde que continham)
da campina de cinzas que os cercava.
Se de um, se de outro, súbito
chegava o grave canto,
já se sabia – era a tarde dos dois:
que a do menino,
contida numa estrela aparecia,
e a do cavalo,
sobre montões de feno se dobrava.
(Zila Mamede In Exercício da Palavra)
domingo, 22 de fevereiro de 2009
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