sábado, 5 de julho de 2008

Pelas retinas





Das carnes que se rasgam.
Das feridas que se secam.
Dos olhos que profundam a imensidão em mim.
(Olhos de Diadorim, olhos de ressaca do mar, olhos de Capitu)



Olhos tristes que reportam à janelas antigas,
de almas velhas como o universo.
Almas que viram de tudo
por isso nada mais querem ver.



Olhos de tédio para o banal.
Olhos que inquietam
De tão parados no instante.



(câmeras se movimentam, mas o olhar continua, contínuo)
Percebo o tempo de uma perspectiva alternativa.
Eu, procurando os ”porquês”...
Em você, todas as respostas.



Nisso, horas correm, anos passam
E o brilho é “verde opaco”.
O mistério é verde.


(Adélia Danielli)

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