Existe a poesia bem comportada, feita com régua e compasso para agradar moçoilas românticas e senhorinhas bem intencionadas. Talvez seja a poesia dos salões, a poesia tecnocrata, enfurnada em regras, saraus igualmente bem comportados e auto-limitações. Mas, felizmente existe, existe a poesia que explode no peito como um sopro, que grita, regurgita, que esquece as normas de etiqueta e se faz ouvir na marra. É esta poesia e a que explode da garganta e da pena de Ronne Grey, jovem poeta potiguar-cosmopolita que já é conhecido do universo cultural papa-jerimum, tanto pelos seus versos como pela sua militância cultural. Sim, o poeta que escreve obras como "Ejaculação", "Elite Lixo" e "mangue triste", também dá a cara à tapa em saraus e encontros poéticos, fazendo soar sua necessidade/vontade de transgressão, de falar alto, de que sua poesia ganhe as ruas e ressoa nos tímpanos dos incautos.lirismo sempre se faz presente.
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