Profana-me com doçura
em palavras sujas
Molha-me em vinho e
como tua boca me lambe
A mulher que deseja
A mulher que...
Profana-me com tuas mãos pagãs
dedos
entrelaçados
completando-se
em nós.
Profana-me com teus olhos
o desejo ávido evidente
Cólicas no baixo ventre
refletem o calor da nuca
ardente
Profana-me agora
Sem almas
Sem raiz
Sem medo
Sem pensar
Profana-me dá-me
o estremecer
da vida.
(Adélia Danielli)
sábado, 5 de julho de 2008
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